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Onde está o poder pessoal?

· Sessões Individuais

"Era antes do 25 de Abril. As mulheres não tinham liberdade nenhuma. Na festa da aldeia, as mães iam todas e ficavam ali à volta a controlar o que faziam as filhas. Havia muita crítica social sobre com quem se falava ou não se falava. A família procurava preservar o bom nome das raparigas, porque senão eram banidas da sociedade: não casavam e eram objeto das conversas e da chacota da aldeia. Era um controlo tão intenso, como se as mulheres tivessem de ser quebradas desde crianças e domadas."  

A mulher que me disse isso ainda hoje tem muita dificuldade em afirmar-se e colocar limites, principalmente perante os homens. Internalizou que para ser aceite na família e na sociedade tinha de abdicar do que sente e ceder à vontade dos outros. Hoje isso é uma prisão que a oprime.   

Se ela achar que esta dificuldade é um problema seu, aquilo que vai dizer a si mesma no seu diálogo secreto será algo como: "eu tenho uma falha, não sou capaz de colocar os meus limites, há um problema comigo".    

Mas se a mesma pessoa compreender que a dificuldade que sente é fruto de um contexto, passa a ser capaz de dizer a si mesma: "eu nasci numa sociedade que tem um problema, porque tem medo das mulheres e não é capaz de as respeitar nem de as valorizar. Por isso, quando eu me libertar da opressão que internalizei, estarei a contribuir para uma sociedade melhor."    

O que muda no segundo cenário?   

Paradoxalmente, achar que as dores que carregamos são um problema apenas nosso retira-nos poder. O poder vem da clareza. Há marcas em nós que são o resultado do impacto de uma sociedade inteira carregada de séculos e séculos de história por resolver. Com essa compreensão compassiva, de repente saímos do nosso casulo de vergonha auto-centrada e compreendemos que estamos ligados de forma inexpugnável a toda a humanidade. E isso redime, porque reconecta.   

Mas se o impacto vem da sociedade carregada de história, onde está o poder pessoal do indivíduo? O poder pessoal está onde sempre esteve, na pessoa, mas fora da sua consciência. O trauma sofrido faz com que o poder pessoal fique projetado nas figuras que infligem o abuso.   

No caso desta cliente, ela dizia-me que não se consegue afirmar porque é logo muito criticada. Perguntei-lhe que críticas é que as pessoas lhe fazem habitualmente. "Dizem que sou má pessoa, que não sei nada, que sou burra." Na verdade, isto é também o que a ela diz a si mesma, porque internalizou o abuso.   

Depois pedi-lhe que com a sua mão fizesse um gesto que traduzisse a mesma energia e impacto das críticas. Ela fez um gesto fulminante e certeiro, como uma gilhotina que a decapitava. À medida que esta mulher repetia e experienciava mais esse movimento, ela apropriava-se da energia e dopoder que ele continha. E então ela apercebeu-se que era com um golpe assim certeiro e "sem espinhas" que ela tinha de "decapitar" as críticas das outras pessoas e avançar com a sua vida!    

Existe alguma pessoa, contexto ou evento com o qual tenhas dificuldadede lidar ou te sintas impotente? O teu poder pessoal pode estar aí mesmo, mas do outro lado da porta da tua consciência!

Cristina Coutinho

Texto originalmente publicado em: https://www.facebook.com/cristina.coutinho/posts/10158436554422201

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