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E assim tudo começou...

· entreteSER

Quando algo novo está a amergir dentro de mim é comum eu ter o impulso de pintar. Pinto o sonho, e deixo que a mão me leve ao sabor dos flirts subtis da intuição. Todo o processo é uma viagem até que a energia se esgota, eu sento-me e contemplo o resultado. Em silêncio escuto as mensagens que o desenho tem para mim.

E este foi o desenho que emergiu para expressar o sonho de criar uma não-escola de Process Work:

Partilhei o desenho um grupo de amigos cúmplices da minha jornada de aprendizagem e os seus ecos foram:

"A primeira sensação que tive foi de expansão. O que emergiu de seguida veio da imagem do efeito produzido na água por uma pedra que nela cai. As tuas linhas curvas levaram-me para os 'círculos' mais e mais amplos que a água forma quando uma pedra nela cai. E visualizei desta forma o que desejas ir criando. As 'escolas' de PW podem ser estes diferentes círculos com cores diferentes e 'dimensões' diferentes. O propósito maior é o mesmo. A forma como é vivenciado e aprendido pode ter estas diferentes cores e dimensões e assim todo o mundo tem lugar neste sonho. Reparei ainda no núcleo, nas suas formas. Surgiu-me a imagem de uma noz, a casca rija e o miolo nutritivo e saboroso. Flirtaram comigo os contornos vermelhos que delimitam as zonas pintadas...fronteiras? limites? Não existem essas linhas vermelhas entre o núcleo e a primeira área esverdeada com azuis. Apenas há espaço....e o verde vai ao encontro do núcleo e ainda assim há espaço. O que quer este espaço dizer?" G.C.

"Asensação que tive foi algo de fora para dentro, o externo mais limitado e o interno mais solto. Um movimento de fora pra dentro." L.H.

 "Dá-me uma sensação agradável. Apetece contemplar, desperta-me curiosidade." L.O.

"O primeiro impulso foi rodar para a direita e pensei: isto é uma tartaruguinha... um animal a hibernar... depois vi as 'veias' e pensei 'bolsa de gestação...casulo...', por cima, o espaço vazio para que crescesse ... e a energia/ seiva que vem do verde naqueles risquinhos fininhos para esse espaço livre como que a alimentar o 'casulo'. O verde com o azul levou-me para um rio cheio de vida... mas ao aumentar a imagem vi, na ponta, um olho com 2 tons de verde... uma cabeça deanimal com a boquinha aberta... Na última camada, chamou-me a atenção que os tons vão gradualmente ficando mais claros até ao branco luminoso, onde vejo um olho mais subtil e uns tracinhos muito fininhos a sair da 'cabeça'. Cada risco tem algo a dizer !... o que me está a espantar é que até o meu corpo vibra." A.A.

No seguimento destas partilhas, chegou até nós esta imagem, que é uma representação digital realizada por Russel Kightley para representar uma célula animal. De uma beleza espantosa, esta célula mostra-nos quão incrível é a vida que corre dentro de nós! E para meu espanto e de todos, os paralelismos entre a representação da célula e o meu desenho são evidentes. O que é que isto me estava a querer dizer?

Em busca de encontrar mais referência sobre esta imagem, cruzei-me com um texto budista sobre o conceito de interser, do quanto a nossa existência é indissociada da existência de todas as outras coisas:

Se você é um poeta, verá claramente que há uma nuvem flutuando nesta folha de papel. Sem uma nuvem, não haveria chuva; sem chuva, as árvores não podem crescer; e sem árvores, não podemos fazer papel. A nuvem é essencial para que o papel exista. Se a nuvem não está aqui, a folha de papel também não pode estar aqui. Portanto, podemos dizer que a nuvem e o papel inter-existem. “Interser” é uma palavra que ainda não consta do dicionário, mas se combinarmos o prefixo “inter” com o verbo “ser” teremos um novo verbo, inter-ser. Sem nuvem não podemos ter papel, por isso podemos dizer que a nuvem e o papel inter-são.

Se olharmos mais profundamente para esta folha de papel, podemos ver a luz do sol dentro dela. Se a luz do sol não estiver presente, a floresta não pode crescer. Na verdade, nada pode crescer. Nós também não podemos crescer sem a luz do sol. E por isso, sabemos que a luz do sol também está nesta folha de papel. O papel e a luz do sol inter-são. E se continuarmos olhando, podemos ver o lenhador que cortou a árvore e levou para a serraria para transformá-la em papel. E vemos o trigo, sabemos que o lenhador não pode existir sem a sua ração diária de pão, por isso o trigo que se transformou em pão também está na folha de papel. A mãe e o pai do lenhador também estão lá. Quando olhamos desta forma, vemos que sem todas essas coisas, esta folha de papel não pode existir.

Olhando ainda mais profundamente, podemos nos ver nesta folha de papel. Isso não é difícil de ver, porque quando olhamos para a folha de papel, a folha de papel faz parte da nossa percepção. Sua mente está aqui e a minha também. Então podemos ver que tudo está aqui com esta folha de papel. Você não pode encontrar uma coisa que não esteja aqui, o tempo, o espaço, a terra, a chuva, os minerais do solo, a luz do sol, a nuvem, o rio, o calor. Tudo coexiste com este papel. Então eu acho que a palavra interser deveria estar no dicionário. “Ser” é interser. Você não pode ser sozinho. Você tem que interser com todas as outras coisas. Esta folha de papel é, porque todo o resto é.

Suponha que tentemos devolver um dos elementos à sua fonte. Imagine que devolvemos a luz do sol ao sol. Você acha que esta folha de papel seria possível? Não, sem a luz do sol nada pode ser. E se devolvermos o lenhador à sua mãe, também não teremos a folha de papel. O fato é que esta folha de papel é feita apenas de elementos “não-papel”. E se devolvermos esses elementos não-papel às suas fontes, então não pode haver papel algum. Sem os elementos “não-papel”, como a mente, o lenhador, a luz do sol e assim por diante, não haverá papel. Por mais fino que seja esse papel, ele contém tudo que há no universo dentro dele.

Thích Nhất Hạnh (1988: 3–5) || [Reproduzido de The Heart of Understanding: Comments on the Prajñaparamita Sutra com permissão da Parallax Press, Berkeley, Califórnia, www.parallax.org]

Sem saber mais, interser é algo que vibra muito comigo. Seria esse o nome para o espaço - escola - centro que eu sonhava corporificar?

Poderia ser. Mas como esse nome já estava a ser usado para outros projetos, isso obrigou-me a ponderar melhor sobre qual é a qualidade nuclear que realmente define a natureza dos espaços onde eu me sinto bem e que naturalmente crio.

E então cheguei a entreteSER. Estarmos juntos, cada um aterrado naquilo que é, e juntos tecendo com o que emerge a cada momento. Esse é o lugar a que eu chamo casa!

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